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As recomendações do Clube Safo para o Queer Lisboa 27

Blue Jean
Inglaterra, 1988 – O governo conservador de Margaret Thatcher está prestes a aprovar uma lei que estigmatiza gays e lésbicas, obrigando Jean, uma professora de educação física, a viver uma vida dupla. À medida que a pressão aumenta de todos os lados, a chegada de uma nova rapariga à escola catalisa uma crise que vai desafiar Jean profundamente.
Georgia Oakley
Ficção : 97' / Homofobia, Lésbico, Mulheres, Política
Lisboa
27 de Setembro | 22h00 | Cinema São Jorge - Sala Manoel de Oliveira
https://youtu.be/mGGRNmIU7fc

Murder and Murder
Uma história de amor de meia-idade entre Mildred, lésbica desde sempre, e Doris, que está apaixonada por uma mulher pela primeira vez. Uma sólida meditação sobre o envelhecimento feminino, a sexualidade lésbica e o cancro da mama numa cultura que glorifica a juventude e o romance heterossexual.
Yvonne Rainer
Ficção : 113' / Lésbico, Velhice, Mulheres, Sexualidade, Corpos, Relação
Lisboa
30 de Setembro | 21h30 | Cinemateca Portuguesa - Sala M. Félix Ribeiro

O Acidente
Joana, ciclista, vê-se envolvida num estranho acidente: um carro arrasta-a no capô ao longo de um quarteirão. Ela sai ilesa e decide esconder o incidente da sua companheira Cecília. Quando um vídeo do acidente é filtrado na net, a omissão de Joana fica exposta. Aos poucos, começa então a envolver-se na vida da família que a atropelou.
Bruno Carboni
Ficção : 95' / Família, Lésbico, Relação
Lisboa
23 de Setembro | 16h00 | Cinema São Jorge - Sala Manoel de Oliveira https://youtu.be/scYGiVr0fjU


O Estranho
O Aeroporto Internacional de Guarulhos está erguido sobre território indígena. Centenas de milhares de pessoas atravessam-no diariamente e 35.000 trabalhadores mantêm-no de pé. Alê, operadora de pista cuja história familiar se sobrepõe à da construção do aeroporto, conduz-nos por encontros através do tempo. As memórias e o futuro dela e dos seus amigos são permeados por uma matéria comum: vestígios do passado num território em constante transformação.
Flora Dias, Juruna Mallon
Ficção : 107' / Gentrificação, Indígenas, Mulheres
Lisboa
27 de Setembro | 16h00 | Cinema São Jorge - Sala Manoel de Oliveira
24 de Setembro | 16h00 | Cinema São Jorge - Sala Manoel de Oliveira
https://vimeo.com/836897262

Vai e Vem
O ano em que tudo mudou radicalmente, onde as fronteiras reais e invisíveis ganharam outra dimensão, é a raiz de uma provocação fílmica. Duas amigas separadas pelos hemisférios norte e sul da América pretendem dançar no tumulto de imagens, violências, frustrações e desejos. Fazem-no através de um jogo onde o registo de si e das mulheres ao seu redor se transforma num diálogo real e lúdico, como um encontro e um abraço decididos a resistir à distância.
Chica Barbosa, Fernanda Pessoa
Documentário, Experimental : 82' / Amizade, Arte e Artistas, Mulheres, Política
Lisboa
26 de Setembro | 19h00 | Cinema São Jorge - Sala Manoel de Oliveira

Curtas metragens

Combien danseront sur ta langue
Alice é médica. Todos os dias interroga os seus pacientes sobre pormenores íntimos da sua vida sexual e tira-lhes amostras de sangue. De volta a casa, encontra Bianca, languidamente à sua espera. Chegado o momento, Alice derrama o sangue na língua de Bianca, revelando as íntimas histórias sexuais que lhe narraram.
Louis-Barthélémy Rousseau
Ficção : 20' / Lésbico, Trauma, VIH-sida, Terror
Lisboa
28 de Setembro | 15h30 | Cinema São Jorge - Sala 3

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Don't Go Where I Can't Find You
Uma compositora assombrada usa a música para se conectar com o fantasma da sua amante morta, mas a sua mente começa a mergulhar no caos.
Rioghnach Ní Ghrioghair
Ficção : 20' / Lésbico, Relação, Mistério, Terror
Lisboa
30 de Setembro | 18h30 | Cinema São Jorge - Sala 3
https://youtu.be/-o_r5nb0rTw

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First Date
Tina, uma agricultora recentemente enviuvada, não quer que a filha volte para a cidade e a deixe sozinha. Quando Seamus chega à quinta com a conversa de um encontro romântico, ela decide intervir.
Clara Planelles
Ficção : 12' / Lésbico, Mulheres
Lisboa
30 de Setembro | 18h30 | Cinema São Jorge - Sala 3
https://youtu.be/HsNMQeOPddE

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Incroci
Fede é uma adolescente que reside numa tradicional casa de freiras que oferece hospedagem a jovens estudantes e viajantes em Bérgamo. A sua vida oscila entre o tempo passado no liceu público e com o seu pequeno grupo de amigas, embora passe os dias perdida nos seus pensamentos, polindo um segredo que guarda dentro de si. A sua vida muda discretamente com a chegada de Valentina.
Francesca de Fusco
Ficção : 13' / Romance, Lésbico, Juventude
Lisboa
24 de Setembro | 18h30 | Cinema São Jorge - Sala 3
https://youtu.be/RsIzJ4WUCNU

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Nuits Blanches
Abril de 2022. Entre as duas voltas das eleições presidenciais francesas, Solène, empregada de um bar em Paris, perde-se em noites sem dormir.
Donatienne Berthereau
Ficção : 25' / Lésbico, Política, Relação
Lisboa
27 de Setembro | 18h30 | Cinema São Jorge - Sala 3

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Vanette
Eva e Sónia, duas órfãs na casa dos 20 anos, com passados diferentes, estão numa relação amorosa em que a única coisa que lhes resta e une é uma carrinha que utilizam para subsistir, viajando pelo país.
Maria Beatriz Castelo
Ficção : 13' / Lésbico, Relação, Violência
Lisboa
29 de Setembro | 15h30 | Cinema São Jorge - Sala 3
https://vimeo.com/748039037

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Work
Incapaz de ultrapassar uma separação, Gabriela, artista queer chicana, regressa impulsivamente a um antigo emprego num dúbio clube de dança, onde inesperadamente reencontra uma amiga do passado.
April Maxey
Ficção : 16' / Lésbico, Trabalho Sexual, Relação
Lisboa
26 de Setembro | 18h30 | Cinema São Jorge - Sala 3
https://vimeo.com/653973063

Work

Work

Vanette

Vanette

Nuits Blanches

Nuits Blanches

Incroci

Incroci

First Date

First Date

Don't Go Where I Can't Find You

Don't Go Where I Can't Find You

Combien danseront sur ta langue

Combien danseront sur ta langue

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A Federação Mundial de Xadrez (FIDE) baniu a participação de mulheres trans em competições femininas, isto foi comunicado pela FIDE e um número crescente de pedidos de jogadoras que se identificam como transgénero tem chegado às federações membro deste organismo. A posição deste órgão é que a participação de mulheres trans em eventos dependeria de uma análise caso a caso.

“No caso do género ter sido alterado de um jogador masculino para uma jogadora feminina, essa pessoa não tem o direito de participar em eventos oficiais da FIDE para mulheres até que outra decisão da FIDE seja tomada”.

Acrescentam também que jogadoras com títulos femininos que tenham transacionado para homem veriam os seus títulos “abolidos”. No entanto, a FIDE acrescentou que poderia restituir esses títulos se “essa pessoa voltasse a mudar o seu género para mulher”. A FIDE alega ainda que qualquer alteração de género teria “um impacto significativo” no estatuto de qualquer jogador e futura elegibilidade para torneios, e uma “prova” de transição seria necessária.

É por isso importante perceber as razões alegadas por detrás deste posicionamento: pode alguma pessoa alegar que um cérebro AMAB* (de uma pessoa a que o género assignado à nascença é masculino) é inerentemente mais inteligente que um cérebro AFAB* (de uma pessoa que o género assignado à nascença é feminino)?

O Xadrez é um jogo de estratégia jogado com o cérebro, não fazendo sentido existir sequer uma competição separada por género?

Estatisticamente homens têm tido melhores resultados do que mulheres, em xadrez, mas não será isto um sinal de como as construções sociais têm reforçado as capacidades de um género sobre outro? Se as mulheres são desencorajadas de jogar xadrez, se então menos mulheres que homens jogam, a hipótese de encontrarem grandes mestres em mulheres é também menor. Da mesma forma, se mantivermos as mulheres numa competição separada, longe das competições ao mais alto nível, elas terão menos hipóteses de evoluírem enquanto jogadoras, o que reforça a ideia de que elas não são tão boas, afinal é a competição que nos leva a melhorar.

Tão recentemente como em 2015, Nigel Short, então vice-presidente da federação mundial de xadrez FIDE, alegou que “os homens estão predispostos a ser melhores jogadores de xadrez que as mulheres”, acrescentando “temos de aceitar isso com graciosidade.” O grande mestre britânico explicou adicionalmente que era claro que os cérebros de homens e mulheres eram diferentes porque ele ajuda a esposa a tirar o carro da garagem e ela tem mais inteligência emocional que ele.

A FIDE parece ainda acreditar que a genética influencia profundamente o género no que toca a xadrez, e a performance do mesmo. Diferenças intrínsecas individuais e construções sociais continuam a não ser consideradas para o jogo. Como poderemos de outra forma justificar a sua mais recente decisão? A sua abordagem da separação dos géneros e a incompreensível e profundamente lamentável decisão sobre mulheres transgéneros não serem permitidas competir nos seus eventos oficiais para mulheres até que haja uma revisão da situação de transição – que pode demorar até dois anos – feita pelos seus responsáveis. Seguramente a FIDE não disse ainda de forma clara qual a vantagem inata que consideram que uma mulher trans terá, e o porquê da sua participação não ser acolhida.

Já houve, claro está, várias defesas feitas sobre a decisão da FIDE. Mas em vez de se basearem em evidências empíricas, as mesmas parecem ser construídas com base em assunções sexistas e “ciência” no mínimo altamente questionáveis. Debbie Hayton, uma mulher trans que escreve com frequência para publicações conservadoras, escreveu em UnHeard: “é possível que a evolução tenha deixado os homens com uma vantagem inata no xadrez.” Hayton substanciou a sua opinião com uma citação de uma biologista (cisgénero* ou cis*) de Harvard que alega que o ser masculino tem uma vantagem sobre seres femininos em habilidade espacial. O que não é de todo verdade. Enquanto podemos escolher os estudos que mostram que a habilidade masculina é superior, existem também inúmeros estudos recentes que refutam isto. Um estudo de 2020 na Nature Scientific reporta, por exemplo, não ter encontrado qualquer diferença nas habilidades espaciais de homens e mulheres. Qualquer diferença anteriormente encontrada, como sugere a investigação já realizada, deve-se à metodologia inadequada de teste utilizada nestes estudos anteriores.

E claro está que, Nigel Short seguramente já perdeu para uma mulher: Judit Polgar, que já foi considerada a nº 8 do ranking mundial e tem um histórico de vitória contra ele.

Talvez homens como Short estejam tão determinados na separação da competição por género, porque estão preocupados com a sua própria performance. Vamos olhar para tiro com armas de ar comprimido por exemplo, um desporto em que mulheres e homens competem de forma equilibrada. “Esta competição não foi sempre separada por género” disse à ESPN num artigo de 2021, a treinadora de tiro Heinz Reinkemeier. “Nos jogos olímpicos de 1976, a americana Margaret Murdock ganhou a medalha de prata num evento de tiro livre… depois disso os homens decidiram separar a competição por género porque não queriam ser ultrapassados pelas mulheres”

Ora, se não existe qualquer tipo de vantagem que possa ser alegada a nível genético entre um cérebro AMAB e AFAB, e mesmo a nível físico, no caso das mulheres trans, é algo que cada vez mais estudos consideram ser objetivamente falso ao comparar a mulher cis com as mulheres trans com testosterona totalmente bloqueada tudo isto não passa de uma tentativa de tornar as pessoas trans cada vez mais invisíveis, relegando-as para vidas escondidas na periferia da sociedade numa tentativa de as apagar da história, novamente, como já foi tentado inúmeras vezes no passado. Mas como pessoas trans sempre existiram, e não são um segmento da população sobre a qual seja possível concretizar uma limpeza - uma vez que pessoas trans nascem em todas as sociedades, todas as culturas, todas as famílias, em qualquer parte do mundo como uma ocorrência natural da diversidade na natureza - não tem sido possível erradicar pessoas trans e nunca será.

Esta perseguição de mulheres trans no desporto feminino tem sido feita alegando ser uma forma de proteção a mulheres cis, mas na realidade, tem sido um ataque extremamente infundado contra todas as mulheres. Enganosamente retratando-as como o “elo fraco” que necessita de proteção de uma forma estereotipada e sexista, humilhante e redutora das mulheres e das suas capacidades, ignorando por completo o peso de construções sociais arcaicas nas nossas vidas. No caso específico do xadrez, as alegações vão ainda mais longe ao afirmar que o cérebro de uma mulher é de alguma forma geneticamente inferior, demonstrando todo o preconceito inerente a esta tentativa de excluir mulheres trans de uma vida social ativa, mas também contribuindo para estes argumentos chocantes que atacam todas as mulheres.

Apenas como nota, estudos demonstraram que os cérebros de pessoas trans têm uma estrutura cognitiva similar ao género “com o qual nos identificamos” e não ao género assignado à nascença, o que sugere - visto que o cérebro é parte da biologia de qualquer pessoa e é definido no terceiro mês da gestação humana - que pessoas trans já nascem trans e que a nossa identidade de género é, na realidade, o género genético do nosso cérebro. Quando digo que eu não me identifico como uma mulher, eu SOU uma mulher! Isso é na realidade um facto científico.

É importante que todos os desportos sejam para todas as pessoas, cis e trans, mulheres e homens, acessíveis a todas as pessoas, possível, uma forma de estar e viver uma vida plena, visivel, inclusa e feliz.

Citados artigos do The Guardian, Sky News, e artigos da National Library of Medicine e National Center for Biotechnological Information

*AFAB – Assignado género feminino à nascença

*AMAB – Assignado género masculino à nascença

*cisgénero ou cis - Pessoas que se identificam com o género que lhes foi dado à nascença

*transgénero ou trans - Pessoas que não se identificam com o género que lhes foi dado à nascença.

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ENG

The World Chess Federation FIDE bans transgender women from competing in female events, FIDE said it and its member federations have received growing requests from players who identify as transgender, and transgender women taking part in events would depend on a case-by-case analysis.

"In the event that the gender was changed from a male to a female the player has no right to participate in official FIDE events for women until further FIDE's decision is made," FIDE said.

It added that players who held women's titles who transitioned to male would see them "abolished". But FIDE added it would possibly reinstate titles "if the person changes the gender back to a woman". FIDE said that changing genders had "a significant impact" on a player's status and future eligibility to tournaments, and "proof" of transition would be needed.

So, let’s look at the ridiculous reasons behind all this: can any sane person make the claim that AMAB brains are inherently smarter than AFAB brains?

Chess is a game of strategy played with a person’s brain, let that sink in… why oh why is there even separate gender competitions?

Statistically men have fared better in chess than women, but is that not a sign of how cultural construct has reinforced one gender's skills over another? If women are discouraged from playing chess, fewer women will play, and if fewer women will play the chance you will find grand masters in women is less, also if you keep women on a separate competitions, away from the challenges of top tier competition they will also have less chances to evolve as a player and that reinforces that they will not be as good. After all, competition is what drives any of us to improve.

As recently as 2015 Nigel Short, then vice-president of the world chess federation FIDE, claimed that “men are hardwired to be better chess players than women”, adding: “You have to gracefully accept that.” The English grandmaster went on to explain it was clear men and women’s brains are different because he helps his wife get the car out of the garage and she has more emotional intelligence than him.

FIDE still seems to believe that genetics strongly influence gender when it comes to chess, as well as performance. Intrinsic individual differences and social constructs are yet to be taken into account. How else does one explain their recent decision? their approach to separating genders and the incomprehensible and extremely regrettable decision about transgender women not being allowed to compete in its official events for females until a review of the situation – which may take up to two years – is made by its officials. Certainly, FIDE hasn’t made it clear what sort of innate advantage it thinks trans women may have and why their entry would not be embraced.

There have, of course, already been several defenses of FIDE’s decision. But rather than being based on any firm evidence, they seem to be constructed out of sexist assumptions and shaky science. Debbie Hayton, a trans woman who writes frequently for conservative outlets, wrote in UnHerd: “It’s possible that evolution has left men with an innate advantage in chess.” Hayton backed that up with a quote from a (female) Harvard biologist about males having a large advantage over females in spatial ability. But that’s not entirely true. While you can certainly cherrypick lots of studies that show men’s spatial abilities are superior, there are also lots of recent studies that refute this. A 2020 study in Nature Scientific Reports, for example, found no difference between male and female spatial abilities. Any differences previously found, many research suggests, may be down to inadequate testing methodologies.

Of course, Nigel Short has certainly been beaten by a woman: Judit Polgar, who was ranked as high as No 8 in the world, has a winning record against him.

Perhaps men like Short are so keen on a separation of the sexes because they’re worried about their own performance. Look at air rifle shooting, for example, a sport where men and women are evenly matched. “Shooting wasn’t always split by gender,” air rifle coach Heinz Reinkemeier told ESPN in a 2021 article. “In the 1976 Olympics, the American Margaret Murdock won a silver medal in the free shooting event… after that the men decided to split shooting up into men and women because they didn’t like to be overtaken by the girls.”

So, if there is no real advantage that can be claimed of any sort of genetic level between an AMAB and AFAB brain, and even on a physical level in case of trans women also something that more and more studies have found to be objectively untrue when comparing the cis female to the fully testosterone blocked trans women.

This is nothing more than an attempt at making trans people more and more invisible, relegating them to having to live unseen lives on the outskirts of society in an attempt to erase them from history once again as it has been tried in the past. But since trans people have always existed, and they are not someone you can ethnically cleanse because transgender people are born into every society, every culture, any family, everywhere in the world as a natural occurrence of diversity in nature, they have not been able to eradicate them and never will.

This persecution of trans women in women sports has been done claiming to be a means to protect cis women but in reality, it has been an extremely unfounded attack on women by misleadingly reinstating them as the “weak link” in need of protection in a stereotypical sexist demeaning of all women and of their capabilities, ignoring the weight of archaic social constructs.. In the specific case of chess, the claims go even further to claim the woman’s brain is somehow genetically inferior, showing just how biased the attempt to exclude trans women from social life is that these appalling arguments also tear all women down.

Just as a note, studies have shown that the brains of transgender people show a cognitive structure similar to the gender “we identify as” and not the gender assigned at birth, which would suggest, since the brain is a part of any persons biology and is defined in the human third month of gestation that transgender people are already born transgender and that our gender identity is in fact out brains genetic gender. When I say that I don’t identify as a woman, I am a woman! Is in all actuality a scientific fact.

It's important that all sports are possible and accessible to all people, cis and trans, women, men, non-binary, disabled, a way of being and living a full, visible, inclusive and happy life.

Citing articles from The Guardian, Sky News, and articles from the National Library of Medicine, National Center for Biotechnological Information

AFAB – assigned female at birth.

AMAB – assigned male at birth.

Cisgender or cis - A cisgender person is someone whose gender identity corresponds with the sex registered for them at birth; not transgender.

Transgender or trans - A transgender person is someone whose gender identity differs from that typically associated with the sex they were assigned at birth.

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Apoiamos as feministas e jogadoras de futebol Espanholas

Seguimos com fervor o Campeonato do Mundo de Futebol em que a seleção Portuguesa fez História para o futebol feminino, mas não só.

As grandes vencedoras, a equipa do país vizinho, Espanha foi possível graças a jogadoras fantásticas, incluindo destemidas representantes de minorias interseccionais como lésbicas, ciganas e negras.

Assistimos e celebramos o Campeonato do Mundo com alegria e orgulho. Foi a festa lésbica das nossas vidas, com mais de 100 jogadoras na globalidade de todas as equipas. O futebol profissional é um lugar que impõe por excelência regras patriarcais e de opressões capitalistas, no entanto, as lésbicas e as mulheres de minorias conseguem existir, resistir, lutar e ganhar efetivamente a grande Taça.

Gostaríamos de ter apenas celebrado estas jogadoras por serem fantásticas atletas! Mas o futebol é de facto um lugar de poder masculino e, durante a celebração da vitória Espanhola, o presidente da Federação de Futebol deste país beijou sem consentimento os lábios de Jennifer Hermoso, uma das fantásticas atacantes da equipa. Logo após o facto, Hermoso disse "não gostei, mas o que podia eu fazer?".

No dia da sua celebração, um homem, que na realidade é o seu patrão, agrediu-a sexualmente em frente ao mundo inteiro. Recentemente, a Espanha aprovou a lei "Solo sí es sí", movida e motivada pelo consentimento como tema principal, o que torna o beijo de Rubiales um crime.

Kika Fumero, antiga directora do Instituto da Igualdade das Ilhas Canárias e ex-membro da direção da EL*C em declarações a este organismo diz: "Preocupa-me que a Federação tente agora esconder esta notícia, apagando o vídeo e pressionando as jogadoras a declarar que está tudo bem. Isto é a cultura da violação no seu auge".

Apoiamos todas e todes as/es feministas e as jogadoras de futebol espanholas e pedimos a demissão imediata de Luis Rubiales.

#RubialesDimision

#DemissãoparaRubiales

(texto traduzido e adaptado do comunicado da EL*C EuroCentralAsian Lesbian* Community)

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Praia Sáfica 2023

O Verão 2023 está aí, e o clube safo elegeu a praia de Carcavelos para as sáficas tomarem banhos de sol, de mar e jogarem voleibol se quiserem.

O ponto de encontro é junto às redes de voleibol.

Venham dai divertir-se em comunidade.

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Lesbicas também são mães

A Associação Clube Safo, a Associação ILGA Portugal e o coletivo PMA para Todas estão solidárias com as famílias LGBTI+ (nomeadamente as constituídas por lésbicas) em Itália e com as Organizações Não Governamentais de Direitos LGBTI+ neste país, incluindo a Famiglie Arcobaleno, manifestando uma profunda preocupação e repúdio em relação à decisão do Ministério Público italiano de ordenar a retirada do nome de mães não-biológicas das certidões de nascimento de crianças filhas de casais do mesmo género e de ilegalizar estas e todas as futuras famílias.

Essa medida representa um retrocesso alarmante nos direitos das famílias LGBTI+ e uma violação do princípio de igualdade perante a lei. Após a conquista da igualdade nas uniões civis entre pessoas do mesmo sexo em 2016, o espectável, num país democrático, seria o reconhecimento e a proteção dos direitos parentais de casais constituídos por pessoas do mesmo sexo se desenvolvessem progressivamente. No entanto, a atual decisão do Ministério Público italiano vai em sentido contrário, ameaçando a segurança jurídica, física e emocional de famílias que há vários anos lutam por reconhecimento em toda a sua diversidade.

Reconhecer mães não-biológicas e pais não-biológicos, assim como todas as pessoas cuidadoras de crianças, é uma questão fundamental para a proteção dos direitos e bem-estar das crianças em famílias homoafetivas. Essa decisão representa uma negação da sua realidade, identidade familiar e existência concretas, causando potenciais danos psicológicos às crianças e afetando a segurança destas famílias.

Além disso, a proibição do acesso a técnicas de procriação medicamente assistida para casais de pessoas LGBTI+ (em específico mulheres e lésbicas) e a recusa em permitir a adoção plena são políticas altamente discriminatórias. O direito a constituir família é um direito fundamental e não deve ser negado com base na orientação sexual, identidade ou expressão de género.

Essa decisão do Governo e Ministério Público italianos é um exemplo alarmante do retrocesso de direitos enfrentado por comunidades LGBTI+ – e outras tido como minoritárias – sob governos que não priorizam a igualdade, a diversidade e a inclusão e advogam o ódio, o medo e a violência.

O retrocesso de direitos tem sido historicamente impulsionado por governos que defendem a ideia de proteção da chamada “família tradicional” e o fim da inventada “ideologia de género”. Através de um viés conservador e discriminatório, tais governos frequentemente perpetuam a exclusão e a marginalização de famílias LGBTI+, usando esta exclusão para reforçar ainda mais os privilégios sociais já instalados. Há espaço e lugar para todas as famílias e não será certamente criando contextos de alta fragilidade e insegurança para umas que se reforça a legitimidade de outras. Família é isso mesmo, família independentemente de género, orientação sexual ou biologia e todas as famílias têm de ser reconhecidas.

É crucial compreender que a proteção da constituição de famílias homoafetivas é, na realidade, uma salvaguarda essencial para a segurança e o pleno desenvolvimento das crianças. Importa desmascarar, contestar e desconstruir argumentos falaciosos que podem surgir em defesa de retrocessos legislativos semelhantes, inclusive em Portugal.

Infelizmente, ao longo dos últimos anos, temos testemunhado um ressurgimento de políticas opressoras e discriminatórias em várias partes do mundo, e cada vez mais na Europa. Esse tipo de abordagem, que desconsidera o progresso alcançado no reconhecimento dos direitos das pessoas LGBTI+ e das suas famílias, coloca em risco a dignidade e a segurança de milhões de pessoas. É crucial que as democracias modernas protejam e promovam os direitos humanos universais, independentemente de qualquer característica identitária, de modo a construirmos sociedades mais justas, inclusivas e respeitosas da diversidade humana. A luta contínua contra este retrocesso. É essencial garantir que todas as pessoas tenham igualdade de oportunidades, proteção legal e reconhecimento da sua identidade e relacionamentos familiares.

Solicitamos ao Governo português que acione os meios diplomáticos junto do Governo italiano e da União Europeia para travar esta decisão e garantir que os direitos de parentalidade em famílias homoafetivas sejam plenamente reconhecidos.

A luta pela igualdade e pelos direitos das famílias arco-íris deve ser tratada com seriedade, e a discriminação legal e institucional precisa ser erradicada para garantir a proteção das crianças e a dignidade de todas as famílias, independentemente da sua composição. É imperativo que os sistemas judiciais na Europa e no mundo respeitem a diversidade familiar e reconheçam a importância da representação legal de todas as pessoas progenitoras e cuidadoras de toda e qualquer criança onde quer que esteja.

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Apresentação brochuras Lés+ Saúde | Evento Final

No dia 3 de Junho aconteceu o evento de apresentação das brochuras do projeto Lés+Saúde, no LARGO RESIDÊNCIAS.

O lés+saúde é um projeto de saúde lésbica, que de forma única, levantou temas, respondeu a questões, alastrou-se pelo país e fez a diferença, no vazio que existia de informação sobre maternidade, saúde sexual e acesso à saúde para mulheres, lésbicas, pessoas com vulva e vagina, mulheres que fazem sexo com mulheres e tantas outras pessoas LGBTQIAP+.

GRATIDÃO não engloba tudo o que sentimos pelo apoio que nos foi dado, pela disponibilidade e suporte de quem nos acompanhou esta aventura. Sem estas pessoas, não conseguiriamos que este projeto tivesse acontecido.

Obrigada por acreditarem e fazerem acontecer.

A nós, juntas, por nós.

Clube Safo

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Mês da Visibilidade Lésbica 2023

O dia da visibilidade lésbica celebra-se a 26 de Abril e como todos os dias são dias para nos celebrarmos, o Clube Safo preparou várias atividades ao longo do mês de Abril para que nos possamos ver, estar e celebrar.

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Manifesto Greve Feminista 2023

Apelamos à participação na Greve Feminista Internacional, em protestos e marchas por todo o país no próximo 8 de março, gritando bem alto: greve feminista contra o poder machista.

Somos coletivos e associações do feminismo interseccional e acreditamos que as pessoas exploradas e oprimidas são as protagonistas das suas próprias causas, vidas e experiências. Acreditamos na força de uma unidade feminista que amplie todas essas vozes!

Tudo o que as mulheres têm na nossa sociedade foi conquistado com o seu esforço e luta ao longo da História. Ainda assim, continua a ser sobre as mulheres que mais recaem as consequências da violência machista, da desigualdade económica e da crise de cuidados de um sistema capitalista, racista, colonial, capacitista, hetero-cis-sexista.

O poder patriarcal quer silenciar-nos e invisibilizar-nos nas várias esferas da nossa vida individual e coletiva, seja nas ciências, no desporto, na cultura, na política. Nós, as que somos mulheres lésbicas e bissexuais, mulheres trans, outras pessoas trans e não-binárias, mulheres consumidoras de substâncias psicoativas, trabalhadoras do sexo, pessoas racializadas, pessoas migrantes, pessoas com deficiência, encontramos ainda mais barreiras à nossa liberdade, ao nosso direito a uma vida autodeterminada.

Continuamos a estar nas ruas pela defesa dos nossos direitos, por uma vida digna, por uma vida que valha a pena ser vivida. Reivindicamos o reconhecimento do trabalho informal e sexual, o fim da precariedade à qual nos submetem constantemente (seja em condições ou remuneração), a plena aceitação da diversidade humana, a autodeterminação, a defesa contra a violência, o direito aos cuidados, o direito sobre os nossos corpos e direito ao prazer, o acesso à saúde sexual e reprodutiva.

Só uma luta unida, coletiva e contínua defende e aprofunda as nossas conquistas. Juntas enfrentamos a crise socioeconómica e climática e as ondas reacionárias e antifeministas que se levantam!

Exigimos:

  • Medidas efetivas contra a desigualdade salarial;
  • A criação de um serviço nacional de cuidados;
  • Um forte investimento na prevenção e no combate à violência de género;
  • O reconhecimento e combate à violência obstétrica, medidas para garantir o cumprimento do direito à interrupção voluntária da gravidez e para combater o desrespeito pela autonomia sexual e reprodutiva das mulheres e raparigas com deficiência;
  • O fim da transfobia no acesso à saúde, formação de profissionais em saúde trans e pleno direito a cuidados diferenciados para pessoas trans e não-binárias no SNS;
  • Uma Escola que promova uma Educação Sexual inclusiva e anticapacitista e uma Educação antirracista;
  • Criação de mecanismos de denúncia contra o assédio nas Universidades que sejam seguros, eficazes e acessíveis, assim como medidas de prevenção e combate;
  • Políticas de promoção da vida independente das pessoas com deficiência, que garantam que estas tenham controlo e poder sobre as próprias vidas;
  • O reconhecimento dos direitos das pessoas trabalhadoras do sexo, garantindo que a sua atividade não é perseguida e que são ouvidas sobre qualquer mudança legal que lhes diga respeito;
  • Políticas que garantam o direito à habitação digna e acessível;
  • Medidas sérias e socialmente justas para a transição climática;
  • Ações de solidariedade ativa com as mulheres e crianças que vivem em contexto de guerra.

Se as mulheres param, o mundo pára. Juntemo-nos para partilhar as nossas lutas! Juntemo-nos para sobrepôr as nossas vozes àquelas que nos tentam calar!

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Convocatória Assembleia Geral Clube Safo 2023

ASSEMBLEIA GERAL
CLUBE SAFO
Domingo, 5 Março 10:30H

Considerando que é chegado o momento de convocar uma Assembleia Geral Ordinária da Associação Clube Safo e para podermos dar continuidade aos trabalhos da Associação Clube Safo, com base no artigo 12 a 13 dos Estatuto Associativos da Secção II que regulam os Órgãos da Associação, vem Nadia Sacoor​, na atribuição de suas funções, a saber, Presidente da Mesa da Assembleia Associação Clube Safo, com sede no Concelho de Lisboa, Freguesia de S. José, na Rua de S. Lázaro, 88, C. P. 1150-333, passa a deliberar e convocar a nossa Assembleia Geral no Domingo, dia 5 de Marco de 2023, pelas 10h30m, em regime presencial no MU Workspace, Rua Luís Picarra 6, Lumiar, Alta de Lisboa ou online através de plataforma ZOOM através do link:

Assembleia Geral Clube Safo_
tópico: Assembleia Geral Clube Safo 2023
Hora: 5 mar. 2023 10:30 da manhã Lisboa

Entrar na reunião Zoom
https://us02web.zoom.us/j/5797307167?pwd=

VFRxYnNyN0M1L2hUS0d5WnQ3cjY2Zz09

ID da reunião: 579 730 7167
Senha de acesso: 3ib43m

Se à hora marcada não estiver presente ou representada a maioria das Associadas, a Assembleia reunirá meia hora depois, ou seja, pelas 11h00m, com o número de associadas presentes.

Ordem de Trabalhos:

Ponto Um: Leitura e aprovação da ATA da última Assembleia Geral
Ponto Dois: Apresentação e discussão do Plano de Atividades executadas em 2022;
Apreciação e votação do Relatório de Gestão e Contas do Exercício de 2021/2022 e últimos anos de exercício da associação Clube Safo, bem como do Parecer do Conselho Fiscal.
Ponto Três: Eleição dos Órgãos Sociais da Associação Clube Safo (Mesa da Assembleia, Direção e Conselho Fiscal) para o triénio 2023/2026: apresentação das listas, votação e proclamação de resultados.
Ponto Quatro: Tomada de posse dos Órgãos Sociais eleitos;
Ponto Cinco: Apresentação da Distribuição Nacional e Etária das atuais sócias e Apresentação do Inquérito por forma a conhecer competências, necessidades e vontades das Sócias;
Ponto Seis: Apresentação, recolha de propostas, discussão e aprovação do Plano de Atividades para 2023;
Ponto Sete: Outros assuntos de interesse para a Associação.


Encontra no link: https://drive.google.com/drive/folders/1zPkh0cDeI3fqjbmECZLV8vzCVe76esPj?usp=sharing
os documentos que serão discutidos nesta Assembleia Geral

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Autora: Clube / Publicado em:

Eduarda Alice Santos (24 Out. 1958 - 20 Jan. 2023)

Eduarda Alice Santos uma ativista a não esquecer

Eduarda Alice Santos (1958-2023) envolveu-se inicialmente na primeira associação trans em Portugal, a ªt. - Associação para o estudo e defesa do direito à identidade de género, fundada em 2002 (formalmente extinta em 2007) pelas pioneiras Jó Bernardo e Andreia Ramos. Foi ali que conheceu aquela que seria a sua companheira de vida ao longo de mais de quinze anos, Lara Crespo, graças à qual – dizia - iniciou a sua transição.

O ativismo público de ambas, e as críticas que publicamente se atreveram a dirigir ao corpo médico (do qual continuavam dependentes para a transição) e suas práticas, não foram bem acolhidas pelo mesmo. Além do que já tinham em comum, Lara e Eduarda passaram a partilhar mais um aspeto: foram duas das pessoas que durante mais tempo – 8 anos (Eduarda) e quase 10 (Lara) – foram entravadas pelo sistema médico nos seus processos de transição, de uma forma que as futuras leis “de identidade de género” viriam mais tarde a proibir, ao estipularem um tempo limite de dois anos para a conclusão de qualquer processo. As represálias exercidas pelo corpo médico não silenciaram, em nenhum momento, as suas críticas públicas.

Eduarda e Lara participam, ainda pela @T., na primeira Marcha do Orgulho LGBT do Porto, criada em resposta ao assassinato de Gisberta Salce Júnior, mas a associação seria extinta pouco tempo depois. Em 2007, integram o coletivo Panteras Rosa, criado em 2004. Durante este período, encontraram nas Panteras uma plataforma para desenvolverem uma expressão trans autónoma, dando voz ao podcast então emitido regularmente pelo coletivo, o programa “Garras de Fora”, grandemente dedicado ao tema da transfobia.

A partir de 2005, as Panteras Rosa envolvem-se numa iniciativa internacional que decorria anualmente em Marselha, França, as Universidades Euromediterrânicas das Homossexualidades. Em 2006, Lara e Eduarda participam também no evento, apresentando o filme, correalizado por Jó Bernardo e Jó Shdelbauer, sobre o assassinato de Gisberta, na denúncia do qual se empenharam igualmente, juntamente com Jó Bernardo, Lara Crespo e Stefan Jacob, entre outras pessoas e ativistas trans de primeira hora. É aí, a partir de 2007, que as Panteras Rosa entram em contacto com o grupo Guerrilla Travolaka e outros coletivos trans catalães e de outros pontos da Europa, que viriam a estar na origem daquela que veio a ser conhecida como a campanha STP2012, Stop Patologização Trans, em torno de um objetivo hoje cumprido – mas que à altura parecia impossível – a despatologização das identidades trans nos principais documentos médicos de referência internacional.

Em 2009, as Panteras Rosa iniciam a versão portuguesa da campanha, com incompreensão inicial - e mesmo oposição expressa de alguns setores - da generalidade do movimento LGBT (à exceção de Jó Bernardo, que a defendia). Apesar de um distanciamento inicial face à campanha - que viam como podendo ameaçar o acesso aos cuidados médicos comparticipados, desmistificada essa questão - Lara e Eduarda aderem à campanha no ano seguinte. Contudo, em 2011, abandonam as Panteras Rosa para fundar o GTP – Grupo Transexual Portugal. A adesão do GTP à campanha STOP Patologização TRANS Portugal - STP2012 - contribuiu grandemente para ultrapassar a desconfiança do restante movimento lgbt português relativamente à campanha e à perspetiva da despatologização e autonomia das identidades trans. Dois anos depois, a campanha era já dinamizada por um conjunto amplo de coletivos. Além das Panteras Rosa e do Grupo Transexual Portugal, em 2011, a STP contava com o envolvimento ativo do GAT – Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA Pedro Santos, do Portugalgay.pt, da Opus Gay, do SOS Racismo, da UMAR – União Mulheres Alternativa e Resposta, do Poly Portugal, da não te prives – grupo de defesa dos direitos sexuais, e do Caleidoscópio LGBT.

Foi no contexto da campanha STP2012, que o GTP e as Panteras realizaram conjuntamente em Lisboa, frente à estátua do Dr. Sousa Martins, a ação “Oração das Trans-Tornadas” (link nos comentários), em 2012. Meses antes, o GTP realizara uma tertúlia pública em Lisboa com o título “Policiamento do Género e a Luta Transexual” (link nos comentários), que descreve como a “primeira iniciativa pública” de debate “onde as pessoas transexuais e activistas possam falar livremente sobre o tema da despatologização sem a presença sempre policial de médicos e/ou psicólogos.”.

Foram muitas as colaborações do GTP com outros coletivos e entidades ao longo dos anos. Também com múltiples investigadories, como a socióloga Sandra Saleiro - autora da tese pioneira Trans géneros: uma abordagem sociológica da diversidade de género (link nos comentários) -, de quem ficaram amigas. Com a companhia KARNART C. P. O. A. A., com cujos artistas Lara e Eduarda estabeleceram uma amizade que ficou. Em 2014 participaram no projeto “Aguarela”, do fotógrafo Pedro Medeiros, outra amizade que permaneceu. Escreveram para publicações feministas, publicaram blogues de temática trans, criaram grupos de partilha sobre a temática em redes sociais. Ambas, mas a Eduarda de forma mais regular, colaboraram durante anos com o portal PortugalGay.PT (o link para o texto "PORTUGAL, 20 anos depois" nos comentários).

Um dos contributos mais relevantes do GTP foi o trabalho de estudo e compilação que informou o processo legislativo de aprovação da primeira Lei Trans, em 2011, já então erradamente referida como “lei de identidade de género” mas que, apesar de passar a permitir a mudança dos documentos de identificação independentemente do processo médico, era ainda muito limitada (não era uma lei de reconhecimento de autonomia, nem despatologizadora, colocando ainda a exigência de obtenção de um documento médico para viabilizar a alteração de documentos) face à segunda lei, a atual, que seria aprovada em 2018 e em cujo debate e reivindicação também se empenharam. Um objetivo ainda hoje por cumprir, e que as primeiras ativistas trans portuguesas que aqui fomos referindo sempre exigiram até ao presente, foi a inclusão da identidade de género como fator de não-discriminação no artigo 13º da Constituição da República Portuguesa.

O GTP foi, ao longo de toda a sua existência, uma das entidades organizadoras da Marcha do Orgulho de Lisboa, mesmo quando as limitações financeiras e pessoais de ambas impuseram uma participação à distância. O coletivo participou na generalidade das iniciativas unitárias do movimento trans autónomo desde a sua génese, recusando posições sectárias, ou de apagamento ou desprezo pelos demais coletivos e ativistas trans, pois acreditavam na necessidade de um movimento autónomo forte na sua diversidade e capacidade de alianças. Após a morte de Lara Crespo em 2019, e apesar de continuar a publicar em nome do GTP, que não queria ver extinto, a Eduarda voltou a integrar o coletivo Panteras Rosa, participando das suas reuniões e contribuindo significativamente para o seu debate interno. Manteve viva a memória de Lara e do GTP, publicando registos históricos com frequência, preservando o seu arquivo comum e, em mais de uma ocasião, intervindo publicamente contra deturpações e apropriações abusivas do seu legado, como quando a página de Facebook Guilhotina.info, logo dois dias após a morte de Lara, que era assumidamente transfeminista e explicitamente solidária com a causa das trabalhadoras do sexo, se atreveu a publicar um texto que lhe atribuía uma suposta posição de defesa do abolicionismo do trabalho sexual, alegação inteiramente falsa e dolosa, com a qual a Eduarda, em pleno e mais do que recente luto, se sentiu extremamente ferida. A sua preocupação com a preservação da memória histórica estendia-se ao conjunto do movimento trans, tendo por exemplo participado recentemente, com o texto “Momentos do arranque trans”, na publicação DeMemoria (link nos comentários), da associação gentopia - Associação para a Diversidade e Igualdade de Género.

Sempre solidária, com um humor bestial, dizendo sempre o que pensava, para bem e para mal, com uma honestidade e crueza por vezes estonteante, muitas vezes casmurra e cabeça-dura, caraterísticas que reconhecia e cultivava, mas sempre com vontade e capacidade de evoluir através dos argumentos, a Eduarda deixou-nos na manhã de ontem, dia 20 de janeiro de 2023, aos 65 anos, após sofrer uma paragem cardiorrespiratória. Para muites de nós, não desapareceu apenas uma companheira ativista de primeira hora, mas uma amiga. Juntamente com a Lara, partilhámos com a Eduarda não somente causas, mas também pobreza e precariedades. A Eduarda recordava muitas vezes, de forma divertida (embora na altura não tivesse piada nenhuma), as muitas vezes como, no início dos anos 2000 – em que qualquer de nós se encontrou em situações de aperto financeiro ainda maior do que era habitual – nos juntávamos na primeira casa onde vivi autónomo, em Lisboa, para partilharmos refeições de “arroz com puré de batata” ou mesmo de “batata com puré de batata”. Era o que havia, e o que havia era para partilhar. Apesar das suas vidas terem sido muito difíceis, sempre recusaram lugares de “vítima” ou de autocomiseração. Entre nós nunca se falou de “apoio” ou “ajuda”, somente de partilha e de amizade, e tudo o que nos demos mutuamente foi retribuído a todos os níveis. Estiveram lá sempre que eu próprio caí. Ontem perdemos mais um pedaço de nós, uma amiga e ativista incontornável e por direito próprio, que recordarei sempre com carinho. Estará presente, através do seu próprio legado, em tudo o que fizermos futuramente e nos nossos corações.

Sérgio Vitorino

21 de janeiro de 2023

Texto da página
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Autora: Clube / Publicado em:

A todas as mães lésbicas

A Maternidade lésbica é ainda um tema que muitas vezes não vemos tratado na sociedade em geral mas também dentro do movimento LGBTI+.

A possibilidade de ser mãe esteve-nos vedada em Portugal durante muito tempo e só desde 2016 o Serviço Nacional de Saúde permitiu que mulheres independentemente de casadas, solteiras ou numa relação do mesmo sexo pudessem adotar e recorrer á procriação médicamente assistida. Ainda assim há muitas dúvidas sobre estes processos e por isso no dia de todas as mães, publicamos a brochura Maternidade com informações, esclarecimentos e depoimentos para podermos apoiar, cuidar e continuar a encher o mundo de crianças com duas mães.

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26 de Abril - Dia da Visibilidade Lésbica

A todas as que vieram antes de nós, que tornaram possível estarmos, sermos, celebrarmos, resistirmos e lutarmos. A visibilidade de todas as pessoas lésbicas, mulheres, pessoas não binárias, cisgénero ou trans continua a ser algo importante. Podermos existir plenitude continua a ser uma luta e por isso existirmos de forma visível é também uma forma de resistência, contra a heteronormatividade, contra o patriarcado, o machismo e enquanto possibilidade para uma vida mais plena e verdadeira com quem somos e amamos.

Celebrar as nossas existências, quem veio antes de nós e palmilhou o caminho para que hoje também nós pudéssemos ser e estar, com mais direitos, é revolucionário.

Continuamos a fazer revolução, a fazer liberdade, a fazer os caminhos necessários para que mais, como nós possam viver visíveis, sem medo.

#visibilidadelesbica #lesbianvisibilityweek #diadavisibilidadelesbica #lesbica #ClubeSafo

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Autora: Clube Safo / Publicado em:

Valha-nos Santa Valentina

Ao longo do gelado mês de Fevereiro, de uma forma mais ou menos comercial, acabamos por ser atingidas pela conversa do “mês do amor” – nas aulas, as crianças falam sobre afetos, a televisão sugere momentos românticos e vemos anúncios aos mais diversos produtos, jantares de luz ténue e massagens relaxantes. Estando numa relação, podemos acusar alguma pressão para fazer qualquer coisa “especial”, não estando, e se estivermos num momento mais depressivo, podemos, eventualmente, sentir o peso da solidão. Piora nesta fase, em que atravessamos um período de medidas extremamente limitativas, no combate à pandemia mundial, o que nos isola nas nossas ilhas e nos impossibilita de socializar, estejamos ou não numa relação romântica.

Valha-nos Santa Valentina, se já não recorremos aos tinderes da vida, com boas e más experiências que fomos retirando de aplicações do género, com pessoas que habitavam armários e guarda-vestidos e outras que tinham um T4 para uma pessoa só. Na verdade, podemos, inclusivamente, falar de armários (no plural), um por cada um dos nossos estatutos na sociedade: o armário da família, da escola, das amigas, do trabalho, do ginásio, do grupo de condóminos do prédio e outros que possam surgir. Podemos ter saído de um e continuar a habitar outros dois ou três; ter saído de todos e haver quem nos queira enfiar, pelo menos, dentro de um; ou viver uma paixão tórrida no interior de um belíssimo guarda-fatos encastrado e sermos felizes.

Chamem-nos “fufas” (já disse tantas vezes esta palavra e as suas variantes, que já não soa a nada diferente de mesa ou cadeira), porém, não depreendam que pertencemos, sem exceção, a uma irmandade, que nos conhecemos todas e que queremos exatamente as mesmas coisas. Talvez eu seja uma mulher que prefere estar fora de todos e quaisquer armários, contudo, há quem goste de ter a sua vida organizada em gavetas, abrindo-as o suficiente para que se veja uma pequena parcela do que tem guardado e teria sido sempre assim, independentemente de ser lésbica, vendedora da praça ou hétero [inserir aqui outras opções].

Posso ter estado numa relação de sete anos, sem que ninguém no trabalho soubesse, pois não sinto a necessidade de falar das minhas relações mais íntimas; há quem prefira dialogar sobre os passeios com a namorada e que planeie o seu casamento, pensando em convidar metade do departamento de contabilidade; outras querem partilhar alguns assuntos, mas têm vergonha. Receiam.

Respeitando a forma de estar de cada uma de nós, reflitamos sobre quem vive só, com ou sem filho/as e que anseia pela socialização que a Covid-19 nos roubou, sufocadas pelas despedidas que ficaram por fazer e pelos gritos que queríamos dar junto ao mar. Estando acompanhadas, vivendo na bolha da sua relação familiar e nuclear, vivemos desafios iguais e totalmente díspares. Queremos lá saber da prenda para o dia das namoradas, se nos falta dinheiro para comprar comida! Só me apetece dizer palavrões, por isso vou correr, sozinha, para arejar as ideias, muito embora me doam as virilhas (a minha PT do Youtube diz que são os adutores) e eu que preciso tanto delas, para os tais romances tórridos.

Nesta fase tão incerta, que se lixem os armários e as orientações, queremos é companhia e um abraço. Sou vermelha, mas festejarei qualquer vitória futebolística convosco, não importa as cores, inclusivamente com as ex-namoradas que desapareceram das minhas redes sociais. O que queremos é a festa em si, é a festa toda, é a festa livre!

MLS

Autora

Manifesto:

Resistimos para viver, Resistimos para Marchar

Marcha Mundial de Mulheres - Portugal

5ª Ação Internacional - Outubro 2020

O mundo não será o mesmo depois de 2020. As respostas neoliberais e repressivas à crise pandémica ameaçam as nossas vidas e a democracia. Mas perante este cenário organizarmo-nos coletivamente para uma resistência global. Queremos alimentar a onda das mobilizações internacionais feministas, ambientalistas e anti-racistas e afirmar que estamos fartas deste sistema. É urgente construir e reforçar alianças para criar uma agenda comum para dar resposta à crise social que vivemos. Queremos iniciar uma transformação social global já!

Por uma sociedade onde o cuidado pela vida, pelas pessoas e pelo ambiente seja sempre prioridade.

Resistimos para viver! Marchamos para transformar!

Resistimos aos programas de austeridade que provocam o aumento do desemprego, da desigualdade, da precariedade e da pobreza; legitimando ainda mais a sobrecarga de trabalho pago e não pago feito pelas mulheres.

Marchamos contra a mercantilização das nossas vidas e dos nossos corpos!

Resistimos aos ataques ao direito à greve, à degradação das condições laborais e à forte precarização do trabalho das mulheres.

Marchamos por condições de trabalho e salários dignos.

Resistimos à sobrecarga dos trabalhos de cuidados que recaem sobre nós, só porque somos mulheres.

Marchamos pela igual partilha do trabalho dos cuidados, pela dignificação das cuidadoras informais e pela valorização do trabalhos dos cuidados.

Resistimos aos abusos de poder e à desvalorização da violência que somos alvo.

Marchamos para mobilizar a sociedade na denúncia do machismo institucional e da justiça machista!

Resistimos contra a discriminação das nossas múltiplas identidades de género e sexualidades e todas as formas de controlo sobre os nossos corpos.

Marchamos pela livre expressão de género, pela diversidade sexual e pela autonomia sobre os nossos corpos!

Resistimos enquanto mulheres e ativistas racializadas para denunciar a mentalidade colonialista e o racismo estrutural da nossa sociedade!

Marchamos por uma sociedade ativamente anti-racista!

Resistimos à xenofobia, à “ilegalização” das nossas vidas, ao confinamento das pessoas refugiadas em campos sobrelotados e sem condições mínimas de dignidade.

Marchamos por um mundo sem fronteiras e prisões, nenhum ser humano é ilegal!

Resistimos à expulsão dos centros das cidades, à mercantilização das nossas casas, às ameaças de despejos, à violação constante do direito fundamental à habitação.

Marchamos por uma cidade feminista e inclusiva, que não expulsa os seus habitantes e cria espaços publicos e habitação para todas e todos.

Resistimos à degradação dos serviços públicos, à servicialização da economia e aos ataques à nossa soberania alimentar.

Marchamos por uma economia feminista que ponha os cuidados pela vida, pelas pessoas e pelo ambiente no centro das decisões políticas!

Assiste aqui

#ClubeSafo #MMM #MarchaMundialdeMulheres #MMM2020 #direitosLBTsãodireitosHumanos

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Autora: Clube Safo / Publicado em:

Dia Mundial do Cancro

O Clube Safo veio ajudar-te, seguem-se duas imagens para um auto exame da forma mais correta de o fazer e analisar os sintomas. Esperemos que seja um incentivo a cuidar e a estar atentas aos sinais.

Quais são os sintomas?

  • Perda de peso inexplicável

Para todas as mulheres, pode parecer milagre a perda de peso (5 ou mais quilos) de forma repentina e inexplicável. No entanto, este sintoma deveria ser motivo de preocupação, já que é um dos primeiros sinais de cancro da mama.

  • Cansaço

Sentir-se cansada depois de um dia de trabalho ou de uma situação tensa é muito comum.
O risco começa a existir quando o cansaço se torna crónico e não desaparece, apesar de se dedicar o tempo necessário ao descanso.

  • Sangramento ou hemorragias anormais

Qualquer tipo de sangramento ou hemorragia sem ser esperada pode ser um sinal de alerta, seja de cancro ou de outra doença.

  • Nódulos

A maioria dos nódulos costuma ser benigna, mas mesmo assim as mulheres devem estar atentas.
Durante anos fomos advertidas de que os nódulos nos seios podem ser um sinal de cancro. No entanto, o seu aparecimento nem sempre significa a doença, já que os nódulos podem surgir por uma infecção ou quistos.

  • Alteração na pele

A pele que cobre o seio também pode sofrer alterações que nos alertam sobre a possível presença do cancro. Entre os sinais destacamos a vermelhidão, presença de feridas, mudanças de cor, celulite ou aspeto «casca de laranja».

  • Retracção dos mamilos

Ao examinar os seios, é muito importante observar com atenção os mamilos para verificar se estão normais e não apresentam nenhuma alteração.
A retração dos mamilos é um sintoma quase evidente de cancro da mama.

  • Dor na mama

Nas primeiras etapas, é pouco comum sentir dor nas mamas ao apertar ou apalpar um pouco os seios.
No entanto, quando a doença começa a avançar, é muito comum sentir sensibilidade e dor nos seios ao tocá-los.
É importante lembrar que devemos ficar atentas para não confundir com a dor causada pela tensão pré-menstrual, ou por alguma infecção como a mastite.
Mudanças no tamanho das mamas
O tamanho das mamas é muito importante para detectar o cancro a tempo. Notar que uma delas está inflamada ou com um tamanho diferente é um sinal que requer atenção imediata.

  • Secreção no mamilo

Muitas vezes, a secreção no mamilo não é um problema e desaparece depois de poucos dias.
No entanto, em muitos casos foi reportado este aspecto como um dos sintomas, já que as mulheres diagnosticadas manifestaram ter uma secreção com odor forte em um ou nos dois mamilos.

Fonte: medicosdomundo.pt

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Autora: Clube Safo / Publicado em:

Dia internacional das lésbicas

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Autora: Clube Safo / Publicado em:

OLYMPIA A cerveja sáfica

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Cultivar o amor próprio é cada vez mais difícil face a toda a pressão mediática na idealização de corpos perfeitos e impossíveis de se conquistar. É inegável que um dos maiores efeitos da pandemia está ligado, precisamente, a problemas relacionados aos físico e à beleza visto que muitas pessoas deixaram de praticar atividades e exercícios – que são saudáveis não apenas para o corpo, mas principalmente para a mente.

Entendendo que este tema é pouco abordado, o Clube Safo preparou para o mês de agosto uma programação para empoderar as mulheres e ajudá-las a melhorar a autoestima e o amor próprio.

A programação começa com o sorteio de dois ensaios fotográficos digitais com a brasileira Isabela Catalão, fotógrafa de influenciadores digitais. Destacam-se a conversa do dia 14 de agosto com a educadora sexual Carmo Gê Pereira, especialista em temáticas da orientação relacional e prazer inclusivo; e o corpo será o centro do Workshop de Fotografia – que acontece no dia 23.

No final do mês o grupo reunirá um grupo de mulheres de belezas plurais para trocar experiências e vivências levantando pautas importantes como gordofobia, mobilidade, feminilidade, transgressão de papéis de género e muito mais. Num diálogo aberto e franco que deseja questionar a construção e padronização que os meios de comunicação determinam assim como formas de sair dessas amarras sociais.

Para saber mais, as interessadas podem enviar e-mail para comunicação@clubesafo.pt ou acompanhar através das redes sociais.

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(...)

"Considerando que é chegado o momento de convocar uma nova Assembleia Geral para eleger uma nova equipa de direção e representantes da Associação Clube Safo, faço-o desde já, com base no artigo 10 e 11 dos Estatuto Associativos da Secção I que regulam os Órgãos da Associação, indicando o dia 11 de Julho pelas 10:30h, para a realização do acto eleitoral que, elegerá a nova lista de representantes para o cumprimento do mandato 2020/2023, através da plataforma ZOOM."

(...)

Ver convocatória em PDF

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